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Tarifas de importação de até 50% podem causar um impacto negativo de 19 bilhões de reais ao PIB brasileiro.

Entra em vigor nesta quarta-feira (06) a tarifa de importação de até 50% aplicada pelos Estados Unidos aos produtos brasileiros. Produtos como carne, café e frutas podem ser os mais afetados.

O presidente Donald Trump assinou um decreto no último dia 30 de agosto impondo uma tarifa adicional de 40% sobre produtos, elevando o total para 50%. A medida trouxe consigo uma longa lista de produtos que seriam “poupados”, como aeronaves civis, suco de laranja, petróleo, veículos, peças fertilizantes etc. Com a exceção dos contemplados nesta listagem, todos os outros sofrerão com a tarifa imposta de até 50%

Como justificativa, Donald Trump reforçou que o tarifaço é uma resposta às ações dos poderes brasileiros julgados por ele como “incomuns” e “extraordinárias” que poderiam prejudicar empresas norte-americanas, os direitos de liberdade de expressão dos cidadãos dos EUA, a política externa e a economia do país, no geral.

O presidente norte-americano defende que há uma suposta “perseguição”, intimidação, assédio, censura contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Na visão de Trump, o processo no qual Bolsonaro é réu e cumpre prisão domiciliar, representaria um abuso de poder e uma ameaça a democracia, ancorado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes.

Além do tarifaço, Trump aplicou outras sanções ao ministro, como a imposição da Lei Magnitsky, que bloqueia bens e apresenta restrições de vistos. A expectativa é que a pressão norte-americana sobre o STF continue, para obedecer ao pedido de anistia a Bolsonaro e aos outros presos envolvidos na invasão aos poderes, no dia 08 de janeiro.

Ministro da Fazenda apresenta ainda nesta quarta medidas de enfrentamento

O ministro da Fazenda, Fernanda Haddad, afirmou que apresentará ao Planalto as medidas estudadas para enfrentar o tarifaço dos EUA. A aprovação e o anúncio da implementação dessas medidas ficarão, no entanto a cargo do Planalto.

Em conversa com a impressa nesta manhã, Haddad afirmou que as ações do governo visam proteger principalmente as pequenas empresas. O ministro procurou não detalhar as ações, mas o plano de proteção ao emprego, similar ao que aconteceu durante a pandemia da Covid-19, não é descartado.

As propostas do Ministério da Fazenda serão vistas e a previsão é que elas possam ser implementadas através de uma MP (Medida Provisória).

**Com informações do G1 / CNN Brasil / Agência Brasil