Só em 2024, mais de cinco mil portas foram danificadas, ultrapassando a quantidade de todo o ano passado
O aumento dos casos de vandalismo nos trens no Rio de Janeiro fez com que a Supervia investisse em novos materiais para os vagões. Segundo a empresa, as depredações dispararam do ano passado para cá. Os alvos dos criminosos são as portas dos trens, assim como a retirada dos cabos e assentos.
Só este ano, foram 5.016 portas danificadas. A quantidade ultrapassou, e muito, a de todo o ano passado, quando foram 627. A maioria dos vandalismos ocorreu na estação da Central do Brasil, seguida das de Santa Cruz, Japeri e Gramacho. Este ano, nas mesmas estações, já são 2.238 casos registrados.

O que vai mudar?
Atualmente, a proteção das portas dos trens é de policarbonato, um material semelhante ao plástico e não muito resistente. Para tentar gastar menos com a reposição dessas peças, a Supervia começou a instalar o policarbonato duplo, que é um material mais resistente.
A gerente de comunicação e sustentabilidade da Supervia, Juliana Barreto, explica que cada porta está saindo a R$ 520 e que, no máximo, em um ano e meio, 80% da frota já vai estar com o material mais resistente. “A gente espera diminuir bastante o prejuízo que a Supervia está tendo com essa prática de vandalismo”, diz Juliana.
Nos testes, o material resistiu a queda de um peso de dois metros e meio sem quebrar, o que equivale a uma força de 540 quilos. Num primeiro momento, os kits estão sendo instalados nas portas 1 e 8 de cada composição, que são as mais visadas por vândalos, de acordo com a Supervia.
*Com informações do O Globo