STF determina prisão de ex-chefe da Polícia Civil do Rio

 Allan Turnowski é acusado de favorecer o jogo do bicho

A Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) determinou a prisão preventiva do delegado e ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro Allan Turnowski, na última quinta-feira (1º). Ele é acusado de envolvimento com o jogo do bicho e havia deixado a cadeia em 2022 por uma decisão do ministro Kassio Nunes Marques.

Ao G1, a defesa do delegado confirmou que vai recorrer. “A defesa vai interpor embargos de declaração no próprio STF e novo habeas corpus porque alguns temas foram omitidos, especialmente o fato do processo estar paralisado há quase 1 ano em diligência requerida pelo MP. E o mais importante, que todas as medidas alternativas foram cumpridas na integralidade, inocorrendo qualquer incidente”, disse o advogado Daniel Bialski.

Allan Turnowski ocupou o cargo de secretário de Polícia Civil do RJ entre setembro de 2020 e abril de 2022, no governo Cláudio Castro, e concorreu a deputado federal pelo PL na última eleição, sendo preso durante a campanha.

De acordo com a denúncia do Ministério Público Rio de Janeiro (MPRJ), o ex-chefe da Polícia Civil “atuava de forma velada e dissimulada” e obtinha informações junto aos seguidores do contraventor Rogério Andrade, como Jorge Luiz Fernandes (Torginho) e Ronnie Lessa, e repassava para Fernando Iggnácio, ex-genro do contraventor Castor de Andrade, morto em 2020, por meio de Maurício Demétrio e Marcelo José Araújo de Oliveira e, com base nas informações obtidas, deliberavam estratégias para enfraquecer o grupo rival.

Maurício Demétrio é um ex-delegado que está preso desde 2021, tendo sido condenado a dez anos de prisão. Ele é acusado de chefiar a cobrança de propina de lojistas da Rua Teresa, em Petrópolis, e também por obstrução de justiça. Marcelo seria o elo entre Iggnácio e a Polícia Civil.

Turnowski, enquanto chefe da Polícia Civil, também foi muito criticado pelas 28 mortes em uma operação no Jacarezinho, em maio de 2021. Ele sempre defendeu esta ação da Polícia Civil.

*Com informações do G1

 

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