Sem casos desde 2022, Brasil volta a ser certificado como país livre de sarampo

Divulgação_Marcelo Camargo_Agência Brasil

Organização Pan-Americana da Saúde concedeu a recertificação nesta terça (12).

Notícia boa para os brasileiros. Após cinco anos, a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) certificou o Brasil novamente como país livre de sarampo. A recertificação foi entregue hoje (12) a ministra da saúde, Nísia Trindade, em uma cerimônia realizada em Brasília. O documento comprova a eliminação do sarampo, rubéola e Síndrome da Rubéola Congênita.

O último caso confirmado foi catalogado no dia cinco de junho de 2022. Já são dois anos ininterruptos sem casos de autóctones, quando há transmissão em território nacional. No clã das doenças altamente contagiosas o sarampo desponta como uma das mais graves. Uma pessoa infectada pode contaminar até 12 ou 18 pessoas num curto espaço de tempo. A transmissão ocorre por secreções do nariz e da boca lançadas ao ar ao tossir, respirar ou falar.

Referência internacional pelo seu sistema de imunização, o Brasil viu na sua política de vacinação o controle eficaz da doença. Mas, a queda nas coberturas vacinais e o contato de pessoas não vacinadas com outras que contraíram a doença no exterior resultaram no surgimento de alguns casos isolados e surtos pelo país. Entre fevereiro de 2018 e fevereiro de 2019 o Brasil registrou 10.374 casos, segundo o Ministério da Saúde. O pico da doença, neste período, foi sentido em julho de 2018, quando foram registrados 3.950 casos.

Para manter a certificação é necessário continuar fortalecendo o sistema de vacinação. Especialistas afirmam que a probabilidade de contágios e até mesmo surtos existe, caso pessoas de outros países infectadas tenham contato com alguém no Brasil suscetível, sem estar vacinado. Por isso, mesmo estando certificado como país livre, a vigilância e a vacinação precisam estar sempre intensificadas.

O sarampo foi uma das principais causas da mortalidade infantil no passado. Por isso, a vacinação entre as crianças é fundamental. As crianças tomam uma dose da vacina tríplice viral aos 12 meses e outra aos 15 meses. Só quem não tomou as duas doses quando criança ou não completou o esquema vacinal é que precisa tomar o imunizante na fase adulta, sendo duas doses, com um mês de intervalo, para quem tem até 29 anos e uma dose para pessoas de 30 a 59 anos.

Os principais sintomas são manchas vermelhas no corpo e febre alta, acompanhados de tosse seca, conjuntivite, nariz escorrendo ou entupido e mal-estar intenso. A doença pode deixar sequelas e até causar a morte. Entre as complicações estão: pneumonia, infecção no ouvido e encefalite aguda.

Com informações do G1, Brasil de Fato e Ministério da Saúde.

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