A OMS estima que há cerca de 150 milhões de asmáticos por todo mundo.
Hoje (06) é o Dia Mundial da Asma. A data, comemorada sempre na primeira terça-feira de maio, foi criada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), através da Iniciativa Global Contra a Asma (GINA), para conscientizar a sociedade civil sobre a prevenção, controle e tratamento da doença.
Segundo dados do Ministério da Saúde, cerca de 20 milhões de brasileiros são asmáticos, entre crianças e adultos. Anualmente o número de internações, devido a casos mais agravados, pode chegar a 350 mil, sendo a terceira maior causa de hospitalização no SUS (Sistema Único de Saúde). No mundo, de acordo com a OMS, o número de pessoas com asma pode chegar a 150 milhões.
A asma é uma doença inflamatória crônica das vias aéreas que pode causar falta de ar (dispneia), chiado na respiração (sibilos), sensação de aperto no peito e tosse. Na grande maioria dos casos, os sintomas tornam-se ainda mais evidentes após exposição à poeira, mofo, pelos de animais, mudanças climáticas ou durante um episódio de infecção viral.
Risco maior para pessoas com 60 anos ou mais
Adultos e idosos que são portadores de asma precisam ter ainda mais cuidado com a saúde. Estudos mostram que homens e mulheres com 60 anos ou mais portadores de asma podem ter até 3,6 vezes mais possibilidade de hospitalizações devido a complicações do VSR (Vírus Sincicial Respiratório). Este vírus é muito conhecido por pais de crianças pequenas por ser um dos principais associados à bronquiolite. Para a população com 60 anos ou mais, principalmente para os que possuem comorbidades, como asma, ele pode colaborar com quadros mais graves da doença, como pneumonia, podendo levar a óbito. Somente no primeiro semestre de 2024, mais de 45% dos casos reportados de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) no Brasil foram causadas pelo Vírus Sincicial Respiratório.
“A maioria dos adultos apresenta uma infecção leve do trato respiratório superior, com sintomas como coriza, tosse, febre, dor de garganta, dor de cabeça e mal-estar. No entanto, alguns podem desenvolver doenças graves do trato respiratório inferior, incluindo pneumonia. Além disso, a infecção pelo VSR pode piorar ou descompensar doenças crônicas pré-existentes, como a asma, e indivíduos com 60 anos ou mais estão em maior risco”, é o que alerta Lessandra Michelin (CRM 23494-RS), infectologista e líder médica de vacinas da empresa GSK.

Prevenção e tratamento
Alguns cuidados são importantes e podem ajudar a prevenir a asma. Os médicos orientam para que os ambientes sejam mantidos limpos, evitando o acúmulo de sujeira e poeira, tomar banho de sol, não fumar, praticar exercícios físicos, ter uma alimentação saudável, beber bastante água e manter o peso ideal.
A asma não tem cura mas o tratamento que ajuda a controlar os sintomas é eficaz. O Vírus Sincicial Respiratório, que pode levar asmáticos com 60 anos ou mais a casos mais graves da doença, pode ser confundido facilmente com a COVID-19 e a Gripe. Por isso é importante alertar sobre os cuidados com a higiene que previnem o contágio e a transmissão. Portanto, lavar as mãos frequentemente, evitar tocar no rosto, nos olhos, nariz e boca com as mãos não lavadas, cobrir a boca e o nariz ao tossir ou espirrar, evitar contato próximo com pessoas doentes e limpar e desinfetar superfícies que são tocadas com frequências são dicas importantes.