Previsão para operação exclusiva foi estendida para 1º de julho
A Prefeitura do Rio adiou, pela quarta vez, a implementação plena do sistema de bilhetagem Jaé no município. O mesmo passaria a ser exclusivo a partir do dia 1º de fevereiro, porém, a Secretaria Municipal de Transporte entendeu que não haveria tempo hábil para concluir o cadastramento de todos os usuários do Jaé nos modais de transporte municipal. Com isso, a sua operação exclusiva foi estendida para 1º de julho.
Outro impasse é com os usuários dos ônibus que circulam na cidade, BRTs, vans municipais e VLT que só poderão usar o novo sistema de bilhetagem. Para “forçar” a adesão ao novo sistema, a prefeitura, inclusive, já desativou máquinas do Rio Card no VLT, por exemplo, porém, o Jaé e RioCard não sabem ainda como será a integração dos beneficiários do Bilhete Único Intermunicipal (BUI), concedido pelo governo estadual.
“Eu não vou permitir que os moradores de Duque de Caxias, Nova Iguaçu, São Gonçalo, Niterói, São João do Meriti e de várias cidades da Região Metropolitana, que vêm para o Rio de Janeiro, sejam impactados porque não conseguiram fazer a integração”, declarou o prefeito do Rio”, Eduardo Paes.
Segundo Paes, no modelo do RioCard, a bilhetagem está sob o controle das empresas, com dados não auditados e sem informações precisas sobre o número de passageiros, arrecadação e saldo remanescente dos bilhetes. Ele destacou que as informações do novo sistema serão disponibilizadas pela Prefeitura do Rio para a população.
O Jaé pode ser adquirido pelo aplicativo, nas lojas de atendimento ou nas máquinas de autoatendimento disponíveis em vários pontos da cidade, inclusive em alguns terminais.

O que diz a Rio Card
Em nota, a Riocard informou que “apoiou o processo de transição para o novo sistema de bilhetagem da Prefeitura, entendendo a importância de manter o atendimento à população da cidade do Rio”.
Segundo a empresa, a mudança não era uma necessidade dos passageiros do Rio. A empresa diz, no entanto, que respeitou a decisão da Secretaria Municipal de Transportes e “colaborou integralmente, acatando todas as determinações, inclusive às que não eram favoráveis aos clientes, como a restrição de acesso a serviços importantes”.
A RioCard disse ainda que atualmente o Cartão Jaé representa apenas 1,7% do total de passagens nos transportes do município do Rio.
*Com informações do O Globo