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Parlamentares suspeitam que há ligações entre empresas seguradoras, traficantes e milicianos
O Presidente da CPI das Câmeras da Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro), deputado Alexandre Knoploch (PL), decidiu convocar para depor o MC Poze do Rodo. O objetivo é colher informações sobre a recuperação, em tempo record, do carro de luxo do cantor que havia sido roubado. A Land Rover blindada foi devolvida, com tanque cheio, ao MC. CPI investiga possíveis ligações criminosas entre traficantes, empresa de seguradoras e milicianos.
Poze do Rodo é acusado de ter ligação com crime organizado, mais precisamente com lideranças da facção Comando Vermelho (CV). Em maio quando fora preso, o funkeiro chegou a confirmar essa possível ligação com a facção à Secretaria de Administração Penitenciária no cadastramento que questiona se há “ideologia declarada”.
O carro de Poze foi roubado no dia 19 de setembro (sexta-feira), mas foi recuperado horas depois. Quando informou o crime a polícia, o funkeiro chegou a afirmar que o carro ‘iria aparecer”. Nas redes sociais, Poze ainda afirmou que a devolução do veículo havia sido feita “com demora” e alegou que a recuperação rápida se deu por meio dos contatos com fãs e moradores do Rio.
A CPI Das Câmeras investiga possíveis relações entre empresas e pessoas físicas com organizações criminosas para devolução indevida de veículos roubados e furtados no Rio de Janeiro. Suspeitos estão sendo ouvidos desde o mês passado e mais testemunhas serão convocadas para falar, no intuito de ajudar a esclarecer como as empresas alternativas têm taxas bem superiores às seguradoras tradicionais da categoria.
Poze do Rodo foi convidado a falar na CPI e, se aparecer, terá a obrigação de falar na condição de testemunha. O não comparecimento do funkeiro poderá gerar uma intimação, quando haverá a obrigação de prestar esclarecimentos. Mesmo tendo o direito de não se pronunciar na Alerj, Poze pode receber voz de prisão.
Na sessão de ontem (22) o empresário Sergio Belo David, pai de Nathalia Paiva David, presidente da RioBen Proteção Veicular, foi preso após se manter calado, por orientação de seu advogado. Os membros da CPI suspeitam de que empresas de proteção, recuperação e seguradoras de veículos podem estar envolvidas com traficantes ou milicianos do Rio de Janeiro.
**Com informações do Diário do Rio