Por não aceitar o término do relacionamento, homem esfaqueia a ex-namorada no Rio e é preso

32ª Delegacia Policial (Taquara), onde o caso foi registrado.
Foto: Divulgação

O caso aconteceu na Taquara, zona oeste da cidade. Vítima passa bem

Mais um caso de feminicídio poderia ter terminado em tragédia neste fim de semana. Um homem esfaqueou a ex-namorada e foi preso em flagrante neste sábado (26) na Taquara, zona oeste do Rio. A jovem de 22 anos andava na rua com o filho e foi atingida pela faca. O caso foi registrado pela polícia como feminicídio há exatos dois dias do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) divulgar os dados do Anuário de Segurança que confirmam o aumento do feminicídio no Brasil.

Segunda a polícia, o crime deste sábado aconteceu na Estrada Rodrigues Caldas, próxima ao Taquara Plaza Shopping, no fim da tarde. O criminoso não havia aceito o fim do relacionamento, atacou a ex com uma facada e tentou fugir. Testemunhas que andavam pela rua no momento do acontecido intervieram e conseguiram conter o homem até a chegada da polícia.

A vítima e o criminoso foram levados para o hospital e, na sequência, tiveram alta. O caso foi registrado na 32ª DP (Taquara).

Você viu no Rio 360! Feminicídio cresce no Brasil e apresenta maior número de casos desde 2015

O caso deste fim de semana no Rio é mais um que entra para acrescer ao número de feminicídios no Brasil que, em 2024, apresentou um dado recorde: 1.492 casos. O Rio 360 noticiou na última quinta (24) que os dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) comprovaram o aumento significante no número de casos de feminicídio no Brasil desde 2015. Dentre as motivações para o crime, o registro deste sábado no Rio, configurado como não aceitação do término de relacionamento, é considerado como um dos mais comuns. O Fórum constatou que 80% das mulheres vitimadas sofrem violências de companheiros ou ex-companheiros.

Um levantamento divulgado pelo G1 em março deste ano comprovou que apenas no estado do Rio o número de feminicídios em 2024 aumentou 8% em relação ao ano anterior (2023). Ao todo foram 107 contra 99 mulheres mortas. Os dados correspondem a uma análise realizada pelo Instituto de Segurança Pública (ISP).

A disparada também está ligada ao aumento das denúncias. Segundo o Tribunal de Justiça do Rio, apenas no ano passado, 43 mil medidas protetivas foram expedidas. Especialistas afirmam que a tendência é aumentar já que as vítimas estão sendo mais motivadas a falar.

Para realizar denúncias, além das delegacias especializadas em crimes contra à mulher, a vítima pode pedir ajuda a qualquer agente de segurança na cidade. Delegacias de Polícia comuns também realizam registros e fazem Boletins de Ocorrências na hora, após o relato da mulher. Quanto menos calada ficar, mas chance de ser salva a mulher terá.

*Com informações do G1 e do Rio 360 Notícias

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