Presidente deve seguir os argumentos já apresentados sobre a Lei de Reciprocidade Econômica nas redes sociais

A Secretaria de comunicação do Palácio do Planalto está acertando com o Presidente Lula alguns detalhes do pronunciamento oficial que será realizado em cadeia nacional, no rádio e TV, entre hoje (10) e amanhã (11). A aparição nos principais veículos de comunicação de massa do presidente representará uma resposta formal à taxação de 50% sobre os produtos brasileiros, anunciados ontem (09), pelo presidente norte-americano Donald Trump.

Mesmo já tendo se pronunciado nas redes sociais, o Planalto considera necessária uma fala a toda massa através do rádio e da tv. O tom do discurso deve seguir os argumentos apresentados para aplicação da Lei de Reciprocidade Econômica, caso a taxação ocorra de fato no dia 01/08 como fora anunciada.

Segundo o Planalto, Lula também falará sobre a soberania do país e a independência dos seus poderes ao fazer alusão às investigações e sanções dos envolvidos no golpe de Estado, no qual o ex-presidente Jair Bolsonaro configura como réu. O presidente afirmou nas redes sociais que “a Justiça brasileira não está sujeita a nenhum tipo de inerência ou ameaça que fira a independência das instituições nacionais.”

A confirmação da data do pronunciamento ainda será realizada pelo Palácio do Planalto.

Mercado rege ao anúncio de Trump e Dólar sobe nesta quinta-feira (10)

O dólar já apresenta reflexos do anúncio de taxação realizado por Trump e opera em alta de 1,02%, chegando a R$ 5,5591, desde às 14h45 desta quinta. Na cotação máxima a moeda americana já alcançou R$ 5,6213.

A reação do mercado financeiro acompanha a tendência de tensão. O Ibovespa registrou queda de 0,51%, aos 136.785 pontos, e as ações da Embraer, uma das empresas que mais se prejudicarão com as tarifas exorbitantes, caíram mais de 3%.

A expectativa para os próximos dias não é boa. Especialistas do mercado financeiro apontam instabilidade e justificam o cenário ruim ao “teor político” imposto na carta de Donald Trump a Lula.

** Com informações da CNN Brasil / G1