Ministério Público Federal questiona aumento de pedágio na BR-040

O valor subiu de R$ 14,50 para R$ 21, diferente do inicialmente anunciado pela ANTT e pelo Ministério dos Transportes

O Ministério Público Federal (MPF) abriu um procedimento administrativo para determinar que Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e a nova concessionária da BR-040 no trecho entre Rio e Juiz de Fora/MG, a Elovias S.A, prestem esclarecimentos sobre o aumento no valor do pedágio básico da rodovia, que subiu de R$ 14,50 para R$ 21 esta semana, uma alta de cerca de 45%.

O reajuste foi autorizado pela ANTT, mas o valor é diferente do anunciado pela agência e pelo Ministério dos Transportes, que, em evento no início de outubro, disseram que seria de R$ 17.

O despacho urgente do MPF foi emitido na terça-feira (04), quando a Elovias assumiu a administração da via. Segundo o órgão, alguns detalhes sobre o cálculo da tarifa já foram obtidos.

Agora, enquanto aguarda mais informações, departamentos técnicos do MPF em Brasília realizam uma perícia para avaliar cada um dos elementos que compuseram a fórmula inicial do pedágio, o índice que foi aplicado, o período utilizado para incidência do índice (novembro de 2022 a setembro de 2025), se o cálculo reflete o contrato assinado e a proposta da empresa vencedora do certame (percentual de desconto de 14%), entre outros dados.

ANTT precisa dar ampla publicidade da tarifa

A tarifa começou a valer na segunda-feira (3), mas, segundo o entendimento do órgão, deveria ter sido iniciada a partir da quinta-feira (6). Segundo o despacho, o prazo de dez dias para o início da cobrança da nova tarifa determinado pela ANTT deve começar a contar a partir da data de publicação no Diário Oficial da União, que ocorreu em 24 de outubro.

O MPF determina ainda que, num prazo de cinco dias, a ANTT dê ampla publicidade, em seu site, ao cálculo utilizado para a definição do valor da Tarifa Básica de Pedágio da Rodovia BR-040.

TCU também questionou o aumento

O aumento do pedágio também é questionado no Tribunal de Contas da União (TCU) pelo deputado federal Hugo Leal (PSD-RJ) e o prefeito de Petrópolis, Hingo Hammes, que protocolaram no órgão uma representação solicitando a suspensão do aumento de 45%. Os políticos argumentam que o reajuste foi aplicado antes do início efetivo da concessão.

 

Fonte: Tempo Real

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