Justiça dá 90 dias para Câmara de Nova Iguaçu corrigir quadro de servidores

Decisão foi motivada pelo fato de apenas 8% dos cargos da Casa serem ocupados por concursados

A Justiça determinou que a Câmara Municipal de Nova Iguaçu reestruture seu quadro de pessoal em até 90 dias, após pedido do Ministério Público do Rio (MP). A decisão foi motivada pelo fato de apenas 8% dos cargos da Casa Legislativa serem ocupados por servidores concursados, são 10 efetivos e 115 comissionados, nomeados sem concurso.

A sentença obriga a Câmara a equilibrar o número de cargos comissionados em relação aos efetivos e a descrever de forma clara as funções de cada posto. Também estão suspensas novas nomeações e contratações até que a reestruturação seja concluída.

A Câmara deve apresentar em até 30 dias, um levantamento completo dos cargos existentes, com as leis que os criaram e a identificação de quem os ocupa.

Irregularidades já vinham sendo apontadas

Desde 2017, o Ministério Público já havia alertado para o uso indevido de cargos comissionados, que deveriam ser destinados apenas a funções de chefia, direção ou assessoramento. Naquele ano, uma decisão judicial suspendeu uma lei municipal que ampliava esse tipo de cargo, e o Tribunal de Contas do Estado (TCE) também cobrou a correção da proporção entre servidores concursados e nomeados.

Ficou definido que a proporção considerada adequada para a Câmara seria de 119 cargos comissionados, três funções de confiança e 70 cargos efetivos.

A Câmara de Nova Iguaçu realizou, em 2024, um concurso público com 38 vagas, pouco mais da metade do total previsto, porém, nem todos os aprovados foram convocados. A Casa alegou falta de espaço físico para acomodar os servidores.

 

*Fonte: Tempo Real

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