Foto: Divulgação Redes Sociais (Instagram)
Caso aconteceu na última sexta-feira (12) e gerou revolta nas redes sociais. Companheiro da vítima tornou a agressão pública através de uma postagem no Instagram.
Melina Girardi Fachim, filha do ministro do Supremo Tribunal Federal, Edson Fachim, é docente na Universidade Federal do Paraná e foi surpreendida por um homem na última sexta-feira (12) no campus. Agredida verbalmente, a filha de Fachim ainda recebeu uma cusparada do agressor.
Melina trabalha como professora de Direito na Universidade Federal do Paraná desde 2012. Ela é formada em Direito pela mesma Instituição de Ensino, em 2005, e cursou pós-graduações renomadas universidades da Europa (França e Portugal), além de mestrado na PUC de São Paulo. A filha de Fachim é diretora da faculdade de Direito da UFPR e atua na área do Direito Constitucional e dos Direitos Humanos.
O caso de agressão à Melina veio a público através do post de Marcos Gonçalves, esposo dela que também é advogado. Segundo ele, um homem branco aproximou-se sem se identificar e lançou uma cusparada em direção a Melina, xingando-a de “lixo comunista”. Gonçalves fez um longo relato e demostrou-se completamente indignado. No texto, ele destacou o sistema polarizado no Brasil e pediu mais respeito às posições contrárias, referindo-se principalmente aos aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro, que fora condenado pela 1ª Turma do STF na semana passada, junto aos sete réus da trama golpista.

“Aos bolsonaristas, aos intolerantes e principalmente aos covardes, estejam cientes: não haverá demência! […] Se alguma coisa além acontecer com a professora Melina ou com alguém da nossa família, vocês não serão apenas os responsáveis, vocês receberão o mesmo jugo…”, afirmou o esposo da vítima.
Em nota, a Ordem dos Advogados do Brasil repudiou o acontecido e pediu respeito a democracia: “A entidade repudia veementemente o episódio, que afronta valores essenciais da vida democrática. A democracia exige o respeito às liberdades, ao pluralismo e à convivência pacífica, sobretudo no espaço acadêmico, que deve ser preservado como ambiente de diálogo e de construção do conhecimento — jamais como palco para violência, intolerância ou tentativas de silenciamento”.
O ministro Edson Fachim compõe a 2ª Turma do Supremo Tribunal Federal e é presidente da corte. Procurada pela imprensa, a UFPR, instituição onde aconteceu a agressão, ainda não se manifestou.
**Com informações do Metrópoles