Em 2024, os ataques às mulheres, simplesmente por serem mulheres, bateu a marca de 1.492 casos.
O Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) divulgou hoje (24) os dados do Anuário de Segurança nas suas mais variadas vertentes de violência no país. Mesmo diante de um cenário supostamente positivo, em meio à queda da violência no Brasil, o país voltou a registrar uma alta alarmante no número de feminicídios. Os dados consolidados fazem alusão ao ano de 2024. Somente no ano passado, 1.492 casos foram registrados contra as mulheres.
Número de casos computados no ano passado é o maior apresentado desde 2015, quando se registraram 449. O mapa da violência contra a mulher no Brasil ainda continua concentrado em fatores já conhecidos, como o ambiente doméstico, términos de relacionamentos tóxicos e até mesmo a discriminação racial feminina. O relatório do Anuário de Segurança aponta que a maior parte das vítimas de feminicídio, em 2024, foram:
- Mulheres negras (64%)
- Mulheres de 18 a 44 anos (70%)
- Mulheres assassinadas dentro de casa (64%)
- Mulheres violentadas por homens (97%)
- Violentadas por companheiros ou ex-companheiros (80%)
- Mulheres mortas por armas brancas, como faca, por exemplo (48%)
O levantamento também aponta que ao menos 121 mulheres mortas, entre 2023 e 2024, encontravam-se sob medidas protetivas concedidas pela justiça. Segundo o Anuário, só no ano passado, 100 mil dessas medidas foram descumpridas.
Especialistas e feministas acreditam e incentivam a denúncia. “eu não queria dar parte do meu ex-marido por causa das minhas filhas, mas vi que se não denunciasse os tapas poderiam se repetir. Fui a delegacia e dei parte dele antes de me separar. Nunca mais ficarei com o rosto sangrando por causa de um macho covarde”, declarou I.S.A (nome fictício de uma vítima que não quis se identificar).
*Com informações do G1