Ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Foto: Evaristo Sa/AFP
Todos irão responder por tentativa de abolição violenta do estado democrático de direito, golpe de estado e organização criminosa
Na tarde desta quinta-feira (21), o ex-presidente Jair Messias Bolsonaro foi indiciado pela Polícia Federal, junto a mais 35 nomes. Segundo a PF, todos responderão por abolição violenta do Estado Democrático de Direito, Golpe de Estado e Organização Criminosa.
Dentre os nomes indiciados com Bolsonaro, todos ex-integrantes do seu governo de forma direta ou indireta, apontam: Alexandre Ramagem (ex-presidente da ABIN e candidato derrotado nas eleições municipais do Rio), General Augusto Heleno (ex-ministro Gabinete de Segurança Institucional, o GSI) General Braga Netto (ex-ministro Chefe da Casa Civil) e Valdemar da Costa Neto (atual presidente do PL).
Caso sejam denunciados, as penas previstas, havendo condenação, são de 4 a 12 anos de prisão, pelo crime de Golpe de Estado, 4 a 8 anos de prisão, pela abolição violenta do estado democrático de direito, e de 3 a 8 anos de prisão, por integrarem uma organização criminosa.
Com mais de 800 páginas, o relatório final do inquérito já era esperado e, nesta tarde, foi concluído para ser entregue ao Supremo Tribunal Federal. A Procuradoria-Geral da República fica responsável por denunciar (ou não) os indiciados à Corte, para julgamento.
O indiciamento provém do inquérito da PF que investiga uma suposta organização criminosa responsável por planejar os assassinatos do presidente Luís Inácio Lula da Silva, do vice Geraldo Alckmin e do ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes. Segundo as investigações, os planejamentos das mortes e de um possível Golpe de Estado tinham o objetivo de impedir a posse de Lula, então presidente eleito, e a sua chapa.
Com informações do G1 e CNN Brasil