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Presidente Lula parabeniza formalmente a vitória do candidato republicano, destacando a soberania da democracia
Ao superar a marca de 270 delegados no colégio eleitoral norte-americano, Donald Trump é eleito o novo presidente dos Estados Unidos. Aos 78 anos, o republicano retorna à Casa Branca, vencendo a candidata democrata, Kamala Harris. A partir da configuração deste resultado a política externa ganha holofotes e especulações. Afinal de contas, o que se pode esperar no mundo, e especificamente no Brasil, com o retorno de Trump ao poder?
Poucas horas depois do anúncio da vitória, o presidente Lula se posicionou através das redes sociais: “Meus parabéns ao presidente Donald Trump pela vitória eleitoral e retorno à presidência dos Estados Unidos. A democracia é a voz do povo e ela deve ser sempre respeitada. O mundo precisa de diálogo e trabalho conjunto para termos mais paz, desenvolvimento e prosperidade. Desejo sorte e sucesso ao novo governo.”

Mesmo Lula tendo declarado publicamente que a vitória de Kamala Harris “seria mais segura para o fortalecimento da democracia dos Estados Unidos”, o Brasil não desponta como um dos países que integram “a lista negra de Donald Trump”. Segundo especialistas, os embates ambientais e algumas discordâncias sobre o confronto Rússia x Ucrânia não seriam considerados trágicos para a relação entre os países.
Contudo, o que mais preocuparia, não só o Brasil, mas sim o planeta como um todo, é a saída dos Estados Unidos do Acordo de Paris. A agenda climática tem sido defendida por várias entidades internacionais, mas uma das principais medidas de Trump defendidas em campanha foi a saída deste acordo.
Diplomatas brasileiros ouvidos pela imprensa analisam que os reflexos da vitória de Trump também poderiam ser sentidos no ponto de vista econômico, tendo em vista os acenos do Brasil ao comércio da China. Durante a campanha eleitoral, Trump caminhou para uma política restritiva às importações. Os Estados Unidos não são favoráveis a aproximação comercial do Brasil com a China, mesmo ainda não havendo um consenso do governo brasileiro sobre a adesão ao projeto chinês.
A amistosidade do Brasil com a Nova Rota da Seda, que configura a intensificação de investimentos chineses no exterior, acendeu um sinal de alerta no Planalto após as declarações da represente de Comércio nos Estados Unidos, Katherine Tai, que sugeriu ao governo brasileiro a consideração dos possíveis riscos em caso de um acordo.
As primeiras consequências imediatas já mostram o dólar em alta. Até às 14h de ontem (06), a moeda norte-americana era cotada a 5,7098 no Brasil. Os reflexos da política econômica protecionista defendida por Trump também provocaram um avanço expressivo nos juros, o que poderia intervir diretamente no controle da inflação americana e no endividamento do país.
O mundo segue de olho…
Com informações do UOL / G1 / Poder 360