Deputado Gilvan da Federal (PL-ES) foi alvo de representação após direcionar ofensas à ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann • Zeca Ribeiro – Câmara dos Deputados

Durante o período, ele não receberá o salário de R$ 46,6 mil nem poderá solicitar reembolso, via cota parlamentar

A Câmara dos Deputados publicou nesta semana, em seu boletim oficial, o ato exonerando os 22 assessores parlamentares ligados ao gabinete do deputado Gilvan da Federal (PL-ES), que teve seu mandato suspenso por três meses devido a declarações gravemente ofensivas, difamatórias e desonrosas contra a deputada licenciada Gleisi Hoffmann.

Na lista de servidores dispensados está Magda dos Santos Malta (PL). Conhecida como Maguinha Malta, ela é filha do senador Magno Malta (PL), correligionário e aliado de Gilvan da Federal.

Desde o começo do atual mandato de Gilvan, em 2023, Maguinha, como é mais conhecida, estava lotada como assessora comissionada e, como secretária parlamentar, ela faz jus a um salário bruto de R$ 8.231,54 por mês, mais R$ 1.494,40 a título de auxílio. Com a decisão da Câmara, ela e os demais servidores ficarão sem os salários até o mês de agosto.

Quanto a Gilvan da Federal, durante o período de afastamento forçado, ele será um cidadão comum. Não receberá o salário bruto mensal de R$ 46.366,19 de um deputado federal – cerca de R$ 139 mil, em três meses e nem poderá exercer suas prerrogativas parlamentares.

Suspensão do mandato

Por 15 votos favoráveis e quatro contrários, o Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados decidiu pelo afastamento do deputado federal. O fato ocorreu em decorrência da reunião da Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado da Câmara, no dia 29 de abril, o deputado se referiu à deputada dizendo “que devia ser uma prostituta do caramba”.

Na mesma reunião, ele bateu boca com o deputado Lindbergh Farias (PT-RJ), companheiro de Gleisi, e quase chegou às vias de fato com ele.

*Com informações da Agência Brasil e CNN Brasil