Comitiva do Governo Federal se encaminha ao Rio para se reunir com o Governador Cláudio Castro. Ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, disse que Lula ficou “estarrecido” com as mortes da megaoperação

Foto: Igo Estrela/Metrópoles

Lewandowski afirmou: “vamos ouvir o governador e saber o que ele precisa

Está a caminho do Rio de Janeiro a comitiva do governo federal, integrada pelo Ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, o diretor-geral da Polícia Federal Andrei Rodrigues e as ministras Anielle Franco, da Igualdade Racial, e Macaé Evaristo, dos Direitos Humanos e Cidadania. A pedido do presidente Lula, eles se encontrarão com o governador Cláudio Castro para entender o que pode ser feito pelo Rio na esfera federal.

A comitiva deve desembarcar agora à tarde no Rio. Hoje (29) pela manhã, em Brasília, o Ministro da Justiça, acompanhado pelo diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, concedeu uma entrevista coletiva. Durante o diálogo com a imprensa, o ministro afirmou que o presidente ficou “estarrecido” com as mortes divulgadas.

Antes da coletiva, uma reunião com o presidente foi realizada para que o Governo Federal pudesse estudar quais os suportes poderiam ser oferecidos ao Estado do Rio de Janeiro.

Já no diálogo com a imprensa, o ministro foi questionado sobre a possibilidade de decretação de Garantia de Lei e da Ordem (GLO), operação que consiste na atuação das Forças Armadas Brasileiras em atividades de segurança pública, provisoriamente. “O artigo 15 estabelece que a operação GLO primeiro tem que ser requerida pelo governador. Não é ação espontânea do governo federal ou presidente da República”, explicou o ministro.

Além dessa pauta, Lewandowski argumentou à imprensa de que o governo federal, através da Força Nacional de Segurança, está no Rio de Janeiro desde 2023, “tivemos 11 renovações a pedido do governador. Temos um intenso trabalho da PF que desbaratou várias quadrilhas de tráfico de drogas e armas”, afirmou o ministro.

O diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues chegou a afirmar na coletiva que houve uma comunicação entre a inteligência da Polícia Militar do Rio com a Superintendência da Polícia Federal no Estado. A conversa seria sobre uma possível participação da PF na operação deflagrada nos Complexos do Alemão e da Penha. Segundo Andrei, a PF do Rio comunicou que a ação “não era razoável” e, portanto, deveria ser seguida com exclusividade pelas forças de segurança estadual. Ricardo Lewandowski disse, mediante essa afirmação, que não houve solicitações formais do governo do Estado do Rio ao Ministério da Justiça sobre uma possível ação conjunta com as Forças Nacionais de Segurança.

A comitiva do governo federal irá se encaminhar diretamente ao Palácio Guanabara, sede oficial do governo do Rio.

**Com informações do Jornal O Globo / Metrópoles.

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