Consagrado no samba, Arlindo teve a sua carreira musical interrompida após um acidente vascular cerebral hemorrágico sofrido em março de 2017.
O mundo do samba se despede, nesta sexta-feira (08), do cantor, compositor e multi-instrumentista Arlindo Cruz. O falecimento do artista foi confirmado pela família. Arlindo estava no hospital Barra D’Or, na zona oeste do Rio. Aos 66 anos, o sambista deixa filhos, netos e uma carreira sólida no universo do carnaval e do samba.
Desde de 2017, após sofrer um acidente vascular cerebral hemorrágico, Arlindo vivia sobre cuidados médicos. As sequelas oriundas do AVC foram graves e o cantor entrou em estado vegetativo. Já sem condições de se apresentar, passava por várias internações e tratamentos.
Em casa, mesmo debilitado, Arlindo continuava a receber o carinho dos fãs através das redes sociais e das homenagens no universo da música que atuava. Após o acidente vascular que sofreu, Arlindo foi enredo em 2019 no carnaval paulista, através da escola de samba Vai Vai, e mais recentemente no Rio, em 2023, pelo Império Serrano, sua escola de coração. Na ocasião, a escola da Serrinha voltava a elite dos desfiles cariocas.
Arlindo Cruz exaltava Madureira, bairro da zona norte do Rio, chamando sempre de “O meu Lugar”, expressão que virou música e se tornou um dos seus grandes sucessos.
Com mais de 550 sambas gravados, Arlindo se destacou no Fundo de Quintal e na carreira solo com shows, e sucesso pelo mundo. Praticante das religiões de matrizes africanas, depositava nos orixás do candomblé e nas entidades da Umbanda a sua fé.
Mais que um legado, Arlindo construiu a sua história no samba e na música popular brasileira.