Polícia Federal (PF) investiga o caso como ato terrorista
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, comentou pela primeira vez, nesta quinta-feira (14/11), sobre as explosões ocorridas na Praça dos Três Poderes, na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, na noite do dia 13. Para o magistrado, não se trata de um “fato isolado”.
“Queira Deus que seja um ato isolado. Mas o contexto é um contexto que se iniciou lá atrás, quando o famoso gabinete do ódio começou a destilar discurso de ódio contra as instituições, contra o Supremo Tribunal Federal, principalmente”, disse o ministro do STF.

Moraes lembrou os atos antidemocráticos do dia 8 de janeiro e os ataques contra a autonomia do Judiciário, ministros do Supremo e suas famílias. Ele destacou a necessidade de pacificação do país, mas defendeu que isso não será feito com anistia, dando perdão aos criminosos.
Relatório da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) indica que o homem responsável pelas explosões, Francisco Wanderley Luiz, de 59 anos, estava em Brasília há meses e chegou a entrar no plenário do Supremo Tribunal Federal. Ele tinha residência fixa em Rio do Sul, em Santa Catarina, onde se candidatou a vereador pelo PL em 2020.
Na quarta, pouco antes de lançar os explosivos, Francisco postou mensagens no Facebook anunciando o ataque e manifestando ódio contra autoridades. Uma das explosões se deu em frente à estátua da Justiça, no Supremo Tribunal Federal. Momentos antes, outras explosões aconteceram no carro de Francisco, que estava no estacionamento do Anexo IV da Câmara dos Deputados.
Segundo a Abin, Francisco é réu em diversas ações penais, entre elas crimes contra a incolumidade pública, por infração de medida sanitária, crime de desobediência e furto.
A Polícia Federal (PF) instaurou inquérito para apurar as duas explosões. “O caso é investigado como ato terrorista”, segundo informou o diretor-geral da corporação, Andrei Rodrigues.