Ação da Polícia Civil faz carioca ter manhã de caos a caminho do trabalho

Av. Brasil fechada na altura da Cidade Alta. Foto Reprodução: X

A operação visava prender 70 suspeitos no Complexo de Israel. Até o fechamento desta matéria, 11 pessoas haviam sido presas.

A terça-feira (10) começou turbulenta no Rio de Janeiro e em algumas áreas da Baixada. Uma grande operação da Polícia Civil foi às ruas com, pelo menos, 70 mandados de prisão contra traficantes do Terceiro Comando Puro (TCP). Houve intenso tiroteio, a Avenida Brasil ficou parcialmente fechada, 2 pessoas foram baleadas e, até o fechamento desta matéria, 11 prisões foram realizadas.

A mira dos policiais era o Complexo de Israel, na zona norte do Rio. O objetivo era enfraquecer o poder de tráfico na área que é liderada pelo traficante Peixão (Álvaro Malaquias Santa Rosa de 38 anos). A Avenida Brasil foi fechada por volta das 6h30 por conta dos intensos tiroteios, a Linha Vermelha também sofreu reflexos do confronto e passou boa parte das primeiras horas da manhã completamente engarrafada. Os motoristas que trafegavam pela Av. Presidente Dutra e as vias que desembocam em municípios da Baixada também sentiram os reflexos.

O Centro de Operações e Resiliência (CQR) classificou a cidade do Rio no estágio 2, numa escala que vai de 1 a 5. A métrica serve para informar a possibilidade de impactos que o cidadão pode sofrer na sua rotina por causa de confrontos e situações atípicas que envolvem a segurança pública e outros fatores.

Até o momento, 2 pessoas foram baleadas e 11 suspeitos presos. Um senhor de 60 anos levou uma bala de raspão no ombro, dentro de um ônibus na Av. Brasil. Segundo informações do G1, Manoel Américo da Silva passou por uma cirurgia e o seu quadro de saúde é considerado estável.

A operação da Polícia desta terça é consequência de 7 meses de investigações, 44 mandados de prisão foram expedidos pela polícia civil, com bases nas novas provas apontadas nestas investigações. Todas as ordens judiciais eram destinadas a homens que trabalham para o traficante Peixão.

Peixão é um dos criminosos mais procurados do Rio de janeiro. Contraditoriamente assumido como “evangélico”, o traficante, dentre outros crimes, é acusado também por intolerância religiosa. O Complexo de Israel, área dominada por Peixão, abrange as comunidades de Vigário Geral, Parada de Lucas, Cidade Alta, Cinco Bocas e Pica-Pau.

Durante a ação de hoje relatos de desesperos foram postados nas redes sociais. Um grupo de passageiros teve que se deitar ao chão, na Av Brasil, para se proteger dos tiros. Trabalhadores que passavam por Vigário Geral também tiveram transtornos, um homem de 42 anos, que não quis se identificar, falou com a redação do Rio 360 Notícias sobre os momentos de pânico: “trabalho em Duque de Caxias e moro na zona norte do Rio. Todo dia passo por Vigário para ir ao trabalho e, hoje, tive que me jogar no chão do ônibus para me proteger. Eram muitos tiros, foi desesperador. Consegui chegar bem no trabalho, mas fiquei um bom tempo na linha de fogo. Foi horrível”.

**Com informações do G1.

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